Estela Menir da Caparrosa

Designação
Designação: Estela Menir da Caparrosa
Localização
Distrito: Viseu
Concelho: Tondela
Freguesia: Caparrosa e Silvares
Morada:
Georreferenciação: Latitude: 40.633137 / Longitude: -8.085508
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica: 𝗦𝗶́𝘁𝗶𝗼 A Estela Menir da Caparrosa encontra-se em Marco da Anta, no lugar do Pendão, na União das Freguesias de Caparrosa e Silvares, no concelho de Tondela. Implanta-se no lado poente da estrada nacional 228, sensivelmente a 1,2 km a noroeste da povoação da Caparrosa, a uma altitude de 484 metros, na extrema dos concelhos de Viseu e Tondela. Mantém-se no seu local de origem. Monólito talhado em granito, de forma subparalelepipédica, com o topo arredondado, ostenta decorações em todas as faces. Tem cerca de 2,8m de altura visível, e 3,50 de altura total, 0,90 metros de largura máxima, na base e 0,45 metros de espessura. As faces são ligeiramente oblíquas, alisadas, e as que apresentam a maior superfície estão viradas a norte e a sul, sendo a última a que detém mais motivos insculpidos. O registo iconográfico é diversificado, obtido por picotagem com recurso a utensílios líticos e metálicos, abrangendo uma longa diacronia que se estende desde Neolítico Final ou Calcolítico até ao século XIX. De acordo com Mário Varela Gomes, num estudo publicado sobre este monumento, as representações mais antigas correspondem aos escutiformes inscritos na face sul e à cadeia de três losangos unidos pelos vértices presente na face poente. As formas circulares existentes na face sul integram-se no período seguinte. Estão colocadas no topo, junto à extremidade arredondada conferindo uma dimensão antropomórfica ao monólito. Do círculo à direita partem duas linhas onduladas paralelas no sentido da base. O referido investigador relaciona-os com alterações de caracter religioso verificadas desde o Neolítico Final, mas com maior expressão já no Calcolítico. Podem ainda pertencer a esta fase as cinco covinhas que lhe estão sobrepostas. Um pouco mais tardias são as restantes covinhas distribuídas pelas diversas faces do monumento, com exceção da nascente. A representação de uma cabeça humana com olhos, nariz e boca, também na face sul constitui um testemunho que poderá ser atribuído à Idade do Ferro a que não deverá ser estranha a proximidade de um povoado fortificado na Caparrosa. Da Época Medieval é a gravura de uma cruz de Cristo colocada na face norte e dos finais da Idade Média ou da Época Moderna são os dos "T" fixados nas faces nascente e sul, que indicavam os limites do concelho de Tondela. Finalmente, as datas de 1801 e 1804, colocadas sob a cruz de Cristo, completam as sete fases de gravação conhecidas. Junto à estela-menir foi identificado um alinhamento, parcialmente afetado pela construção de uma casa e do caminho, composto por oito monólitos orientados noroeste-sudeste aplicados num terreno inclinado. Os mais altos atingem cerca de 1,20 metros. Podem, eventualmente, constituir parte de um recinto associado ao monumento. A escavação realizada em 1989 por Mário Varela Gomes revelou que a estela-menir se mantém colocada na fossa de implantação original escavada no substrato geológico. O alvéolo de fixação do monólito foi depois preenchido com blocos de granito e terra de forma a assegurar a sua estabilidade. 𝗛𝗶𝘀𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗮 O conhecimento da Estela Menir da Caparrosa deve-se a uma informação transmitida, em 1975, por Fernando Patrício Courado, topógrafo, aos investigadores Mário Varela Gomes e Jorge Pinho Monteiro, que publicaram, dois anos depois, a notícia da sua descoberta. Em 1989, foi realizada a única intervenção arqueológica que incidiu no alvéolo de fixação. Ana Vale DGPC, 2019 (Info disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=73146)
Proteção
Situação: Em Vias de Classificação (Homologado como IIP -...
Diploma de Classificação:
Diploma Zona Especial de Proteção (ZEP):