Dolmen da Arca da Cerqueira

Designação
Designação: Dolmen da Arca da Cerqueira
Localização
Distrito: Aveiro
Concelho: Sever do Vouga
Freguesia: Couto de Esteves
Morada: Lugar de Cerqueira
Georreferenciação: Latitude: 40.779982 / Longitude: -8.309692
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica: "Dolmen da Arca da Cerqueira", também conhecido por "Dolmen da Casa da Moura" ou simplesmente "Casa da Moura", como serão mais amplamente entendidos estes exemplares megalíticos pelas populações locais e regionais, para as quais os vestígios mais antigos de ocupação humana nos seus termos geográficos se reportarão ao tempo da ocupação muçulmana, situa-se, em todo o caso, na orla de um caminho montanhês, a comprovar, no fundo, a relevância estratégica e simbólica do local. A estação arqueológica foi objecto de uma primeira intervenção em meados dos anos cinquenta do século XX, da responsabilidade dos arqueólogos A. Castro, Octávio Reinaldo da Veiga Ferreira (1917-?) e Abel Viana (?-1964), que escavaram a câmara sepulcral, de planta poligonal, com aproximadamente três metros e meio de largura máxima por três de comprimento. Composto de câmara funerária com nove esteios in situ e laje de cobertura de consideráveis dimensões, assim como de um corredor longo, com cerca de quatro metros e meio de comprimento, voltado a nascente e conservando onze dos esteios que o comporiam na origem, o sítio era integralmente envolvido por mamoa - tumulus - constituída por material terroso e pétreo, a par de um anel lítico de contrafortagem de todo o sepulcro. Edificado em pleno Neo-Calcolítico (ou durante a "Pré-História Recente") desta região do actual território português, entre finais do 4.º milénio e a primeira metade do 3.º milénio a. C., o monumento foi estudado de novo nas últimas duas décadas, essencialmente mercê da intervenção de Ana Bettencourt, da Universidade do Minho, que aí escavou em finais dos anos oitenta, procedendo-se de igual modo à consolidação da câmara e da mamoa. Do espólio recolhido no local, destacam-se artefactos tão diversificados quanto uma ponta de seta e três lâminas de sílex, para além de exemplares de dormentes e moventes e fragmentos áureos. O dolmen integra uma necrópole megalítica, de cujos exemplares primitivos foram identificados, até ao momento, oito elementos. [AMartins] (Info/imagem disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=74385)
Proteção
Situação: Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Diploma de Classificação: Decreto n.º 29/90, DR, I Série, n.º 163, de 17-07-1990
Diploma Zona Especial de Proteção (ZEP):