Fundação João Jacinto Magalhães

Designação
Designação: Fundação João Jacinto Magalhães
Localização
Distrito: Aveiro
Concelho: Aveiro
Freguesia: Glória e Vera Cruz
Morada: Rua José Rabumba, 56-58
Georreferenciação: Latitude: 40.640221 / Longitude: -8.655459
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica: 𝗜𝗺𝗼́𝘃𝗲𝗹 Localizado na Rua José Rabumba, no centro da cidade de Aveiro, o edifício da Fundação João Jacinto Magalhães corresponde à antiga residência do Dr. Peixinho, edificada no início do século XX. O imóvel desenvolve-se numa planta retangular disposta num lote de terreno estreito, perpendicularmente à rua. A fachada principal, muito elevada, apresenta-se dividida em quatro registos, com uma divisão vertical, marcada por um pano de pedra, no extremo direito, onde se enquadra uma sequência de vãos verticais (porta de entrada - bandeira - janela do segundo andar - janela das águas furtadas). A restante superfície do frontispício é revestida por azulejos verdes que enquadram as duplas janelas da cave e dos andares, com molduras em cantaria decoradas com festões de flores, e guardas de ferro forjado com elementos estilizados e de forte inspiração naturalista. O último piso, correspondente à mansarda, é separado dos restantes por um friso de azulejos de flores mais recuado. No interior, destacam-se os vitrais coloridos de desenho geométrico e a escadaria de acesso aos vários andares, com motivos arte-nova em ferro forjado. As dependências sugerem alguma simplicidade, com exceção dos espaços de convívio social; na sala de jantar, o silhar de madeira com azulejos de motivos avulsos e relevados, o teto em estuque e o mobiliário da época, conferem a este espaço um ambiente verdadeiramente arte nova; no salão nobre, o friso em estuque exibe motivos florais, tal como o da sala de reuniões, onde sobressaem as grinaldas. 𝗛𝗶𝘀𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗮 Concebido em 1906 para albergar a residência familiar do Dr. Lourenço Peixinho, este edifício foi projetado pelo arquiteto aveirense Francisco Augusto Silva Rocha, tendo a construção sido concluída em 1911. A obra insere-se no denominado movimento Arte Nova, que marcou de forma acentuada o urbanismo de Aveiro no início do século XX, quando a cidade conheceu um período de expansão urbana e renovação estética ligado à média burguesia local e aos novos espaços habitacionais que, então, as mais destacadas famílias aveirenses mandavam edificar. Fortemente influenciada pela Art Nouveau francesa, esta corrente artística conheceu em Portugal uma afirmação que passou, essencialmente, pela animação e composição da superfície, relegando a estrutura para segundo plano (FERNANDES, 1993, p. 37). A antiga casa do Dr. Peixinho é um exemplar edificado concebido como um todo que, muito embora não tire partido dos novos materiais e tecnologias de construção, resultou num espaço de grande unidade e harmonia. Embora apresente uma fachada menos efusiva do que algumas das suas congéneres da mesma época, também aqui os azulejos ocupam um lugar de destaque na decoração dos espaços, quer exteriores quer interiores. Além dos já referidos na sala de jantar, outras divisões apresentam decoração azulejar com motivos diversos, como a flor-de-lis estampilhada (bastante comum em Aveiro), ou painéis figurativos polícromos, representando cenas com cegonhas ou o Farol da Barra. Atualmente, o espaço alberga a Fundação João Jacinto Magalhães, da Universidade de Aveiro, estando em vias de classificação. Catarina Oliveira DGPC, 2019 (Info/imagem disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=155611)
Proteção
Situação: Em Vias de Classificação para MIM - Monumento de Interesse Municipal
Diploma de Classificação: Edital n.º 28/2013 de 13-05-2013 da CM Aveiro, a determinar a abertura do procedimento
Diploma Zona Especial de Proteção (ZEP):