Palácio da Graciosa

Designação
Designação: Palácio da Graciosa
Localização
Distrito: Aveiro
Concelho: Anadia
Freguesia: Arcos e Mogofores
Morada: Quinta da Graciosa
Georreferenciação: Latitude: 40.453669 / Longitude: -8.442789
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica: Implantado numa vasta quinta, o Palácio da Graciosa é um dos mais significativos testemunhos da arquitectura civil barroca da região da Anadia. A sua planta rectangular, e desenvolvimento longitudinal, pouco acrescentam ao modelo das casas compridas que caracterizou o século XVIII no nosso país. Todavia, a escadaria que antecede a frontaria vem animar o plano da fachada, conferindo-lhe uma nova dinâmica e profundidade. A iniciativa da sua construção, no último terço do século XVIII, tem vindo a ser atribuída a José de Melo Sampaio Pereira de Figueiredo, irmão do Bispo de Goa e do Algarve, Fr. Lourenço de Santa Maria (GONÇALVES, 1959), a quem, muito possivelmente, pertenceriam as armas esquarteladas dos Figueiredos, Pereiras, Melos e Sampaios, e tendo por timbre uma águia de duas cabeças, que se exibem no centro da fachada, integradas na decoração da janela axial. O alçado principal é dividido por pilastras, rematadas por fogaréus, formando três panos. Ganha especial relevância o central, que corresponde ao desenvolvimento da escadaria. Esta, inicia-se por um lanço semicircular, flanqueado por duas portas com pilastras, ao nível do piso térreo, abrindo-se em dois lanços opostos, protegidos por balaustrada encimada por fogaréus, que permitem o acesso às portas do andar nobre. Ao centro, e em destaque, encontra-se a janela de moldura recortada, encimada pelo brasão. Nos panos laterais, o ritmo dos vãos é simétrico, embora o tratamento das molduras do andar nobre seja mais cuidado. A capela liga-se ao corpo principal através de um arco, e desenvolve-se em planta de nave única, apresentando capela-mor mais baixa. No alçado posterior, encontram-se três nichos em forma de arcos ogivais. Um outro corpo, edificado posteriormente, cerca de 1896, e hoje muito danificado, tira partido da utilização da linguagem neomanuelina (com elementos lavrados pelos mestres que trabalharam no Palace Hotel do Buçaco), tendo integrado elementos provenientes de demolições ocorridas na cidade de Coimbra, e capitéis românicos da igreja de São Cristóvão, de Coimbra (IDEM; NEVES, SEMEDO, ARROTEIA, 1989, p. 210). (Rosário Carvalho) (Info/imagem disponível em https://servicos.dgpc.gov.pt/pesquisapatrimonioimovel/detalhes.php?code=72976)
Proteção
Situação: Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Diploma de Classificação: Decreto n.º 67/97, DR, I Série-B, n.º 301, de 31-12-1997 (reclassificou como IIP)
Diploma Zona Especial de Proteção (ZEP):